Os assuntos do coração são complicados, bem complicados. Existem épocas em que você se pega desprevenido, e percebe que esse órgão vital do corpo não apenas existe para bombear sangue por suas veias, mas também para enviar estímulos de magia cósmica para seu cérebro, visto que esta é a única definição que consigo encontrar para tais sensações e suas origens; sempre das estrelas.
É um jogo de tênis de mesa, onde os adversários são a razão e a emoção, jogando-lhe de um lado para o outro, em uma partida interminável repleta de
set points, mas que nunca define um vencedor. E a dúvida permanece lá, como o único pilar de certeza que você passa a ter depois de um período em que jurava estar certo da existência da resposta final, viver dono do seu destino, sem deixar nada e ninguém interferir, muito menos um órgãozinho de seus 7 centímetros de altura do 'lado esquerdo' do peito.
É como se fosse uma sinfonia, uma obra musical majestosa, repleta de graves, agudos,
stacattos,
crescendos, colcheias, semi-colcheias e tudo mais que torna a música o melhor meio de aproximação do físico com o espírito. Com esse jogo de sensações que esta bosta de órgão te faz sentir como se fosse o tímpano do Beethoven cego, vibrando incessantemente na busca da captação perfeita, em um rítmo frenético de composição e perfeição.
Aí vem a vontade da fuga, do escape via o vazio, aquilo que é pra ser usado,
one night stand, etc. Não vale a pena. Todo mundo sabe disso, mas todo mundo continua curtindo, achando que tá
sendo malandro. Eu to nesse grupo dos que olham mas não vêem, mas espero me unir àqueles que encontraram um ótimo motivo pra acordar de manhã... eu ia completar aqui escrevendo "em breve." Mas não é 'em breve', e sim quando a oportunidade
certa aparecer, demore o quanto for.
Avant seul du que mal accompagne. <- Péssima tentativa de francês..
Até.