Realmente, falar de política é algo complicado, polêmico, que gera inúmeros debates, muitas vezes produtivos, muitas vezes não. A graça de um debate -- aliás, a raiz da sua existência -- é a necessidade de haver opiniões diferentes sobre um mesmo assunto. Infelizmente, muita da argumentação utilizada por alguns é apelativa e fraca, pois se esquecem que o verdadeiro motivo de uma discussão não é impor nada à ninguém, mas sim fazer surgir, aprimorar ou mudar pontos-de-vista.
Um argumento que eu realmente não aceito, e considero como a coisa mais estúpida que alguém possa falar, é o que se trata da criação de uma barreira ao orador, punindo-o por falar de determinados assuntos, em circunstância de sua classe social, de suas condições de vida.
Dizer que uma pessoa não pode falar de política, de injustiças sociais, de miséria, de fome, só porque não vive isso na pele, ou porque tem uma situação financeira melhor, é o cúmulo da ignorância, deixando claro inclusive que, na verdade, o agressor é o acomodado, um indivíduo que vive baseado na rejeição do debate, e que não vê a magnitude de sempre trocar-se idéias a respeito de algo, seja lá quais forem as situações sociais e econômicas dos interlocutores.
É impossível respeitar alguém que fale "pô, você tá aí falando de pivete, de que as pessoas não fazem nada a respeito, mas tá aí no seu computadorzinho que papai-te-deu, sem fome, sem nada de ruim."
Esse tipo de argumento provém de pessoas que deveriam, antes de colocar a coisa dessa maneira radical, perceber que debater a respeito já é "fazer alguma coisa", mesmo que pouco. Por trás de toda grande ação, existem as menores que sustentam a sua base, e o debate, a troca de idéias é uma delas.
Crucificar, ou menosprezar alguém que está dando sua opinião a respeito de algo é prova máxima da ignorância crua. Se as pessoas apresentam visões diferentes, devem tentar expô-las da maneira mais didática possível, tentar convencer o próximo racionalmente e amistosamente, nunca ferir patéticamente o direito do outro de falar, ou tentar impor suas vontades.
Alguns críticos não conseguem ter uma conversa sem abster-se desses conceitos estereotipados, de todo esse pré-conceito. Esses que são, na verdade, os revoltados virtuais que só sabem explicitar idéias pseudo-críticas depois de ter tomado um nescauzinho bem gostoso com biscoito.
Até.
Reta Final
Mengão e bacalhau na final do Carioca. Convoco desde já todos os torcedores rubro-negros a comparecerem no Maracanã, domingo, pra ajudar o fla a dar aquele lindo baile em campo!
Domingo eu vou ao Maracanã
Vou torcer pro time que sou fã
Vou levar foguetes e bandeiras
Não vai ser de brincadeira
Ele vai ser campeão!
Não vou de cadeira numerada
Eu vou de arquibancada
Pra sentir mais emoção
Por que meu time
Bota pra ferver (ou pra fudê)
E o nome dele
São vocês que vão dizer, uô ô ô
Ôôô ô ô ô ô Ô! ô ô ô ô Ô! ô ô ô:
MENGO!!!!
Até.