Show do Silverchair.
Bom, antes de mais nada gostaria de agradecer ao
Ádri por ter me dado a oportunidade de ir ao show, pois, caso contrário, não teria condições de ir. Obrigado mesmo, de coração.
Desde que eu ouvi o Diorama pela primeira vez, vinha desejando muito ouvir a banda tocar todas aquelas músicas maravilhosas e belas ao vivo. Quando vi no
site oficial do Silverchair as datas para turnê mundial, assim que foram divulgadas, fiquei louco. Estava lá: Rio de Janeiro.
Finalmente chegou o esperado dia 14 de maio, e fomos todos ao show. Ele se dividiu em duas partes. A boa e a ridícula. A primeira parte foi muito legal, empolgante, com músicas muito legais como Steam Will Rise abrindo o show, Emotion Sickness lindamente tocada, The Greatest View, World Upon Your Shoulders etc etc. A banda estava tocando bem pra caramba, de uma maneira séria, sem ficar fodendo completamente com as músicas, estava foda. Aí começou a segunda parte do show, com a música Asylum, que apenas o Daniel Johns se apresenta ao piano e cantando. Essa segunda parte do show foi composta apenas por enrolações nas músicas e tentativas do Daniel Johns de "empolgar" a galera. E empolgou mesmo, pois a "galera" presente no show tinha a faixa etária entre 12 e 15 anos principalmente. O cara vai tocar The Lever e resolve ficar de putaria sem graça no meio da música, e em outros momentos, faz coisas como subir no piano e deitar em cima dele tocando guitarra como se fosse guitar-hero, subir no tablado da bateria e pular lá de cima, ficar tirando a blusa ao poucos até enfim tirá-la por completo, etc. Tudo isso seria muito legal se a música fundo fosse legal, e não um monte de palhaçada. Tudo isso seria legal também se a banda tivesse ao menos tocado UMA música do Frogstomp. Interessante também seria se a banda tivesse tocado todas, ou praticamente todas as músicas do Diorama. Mas não, faltaram 4. Entre elas, fodonas como One Way Mule e After All These Years.
No final das contas, tive a impressão de que a banda estava de saco cheio de tocar, e resolveu fazer qualquer coisa no palco "já que são os fodões", apenas para saciar a vontade das garotinhas de 15 anos em ver o frontman sem blusa, ou então agradar os molequinhos que curtem, quase em uníssono "Iron, Guns, Silver e Slipknot".
Provavelmente devem ter pensado: "Ai, vamos ficar fazendo qualquer coisa pra impressionar esses terceiro-mundistas e depois vamos tomar caipirinha, okay?".
Apesar de tantas críticas, o show foi legal sim. Apenas não correspondeu às minhas tantas expectativas e acredito que as de algumas outras poucas pessoas acima de 15 anos que estavam lá e curtem Silverchair.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi a equalização do som. Achei o volume da voz e da guitarra do Daniel Johns um pouco baixo. Mas o Fabio por exemplo, me disse que isso se deu ao fato do lugar que eu estava ser localizado na lateral do palco. Mas Fabio, voce estava a 6 passos de mim!
Tudo bem, vai ver eu não passei cotonete antes de ir ao show.
Adiós.
Ah, esqueci de mencionar a destruição da bateria, e também o arremesso do stand do microfone pra lá e pra cá, que foram totalmente sem sentido ao final do show. fui.